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Grupo de hackers cria site capaz de gerar 'Ideb personalizado' para escola 

Site 'Escola que Queremos' pode gerar nota a partir de 16 itens. Objetivo da competição foi o de tornar dados da educação mais acessíveis.
Grupo vencedor durante a maratona em Brasília (Foto: Estevon Nagumo/ Inep)
Um grupo de cinco pessoas criou um site capaz de gerar um indicador de qualidade 'inteligente' de uma determinada escola que pode ser comparado com as médias municipal, estadual e do país. Há 16 critérios disponíveis que precisam ser selecionados pelos usuários para que uma nota seja gerada. A qualidade da merenda, presença de biblioteca, as condições de trabalho dos professores, ou o fato de a escola ter ou não conselho de classe, por exemplo, podem ser usados para chegar neste índice chamado pelos inventores de 'Ideb personalizado.'
O projeto Escola que Queremos, foi o vencedor do 1º  Hackathon Dados da Educação Básica, maratona de hackers e programadores, realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e a Fundação Lemann.

A maratona reuniu oito equipes em Brasília durante mais de 30 horas, entre a noite do dia 12 até a manhã de 14 de abril, com o objetivo de criar softwares como sites, aplicativos de celular e diferentes tecnologias para divulgar de maneira criativa os dados do Censo Escolar e da Prova Brasil de 2011 e torná-los mais acessíveis à população. Três grupos foram premiados com o primeiro, segundo e terceiro lugares, eles receberam R$ 5 mil, R$ 3 mil e R$ 2 mil, respectivamente.

A jornalista Fernanda Campagnucci, de 27 anos, que compõe o grupo vencedor da competição, lembra que o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) reúne três indicadores, os de proficiência em português e matemática mais a taxa de aprovação, e a ideia do site Escola que Queremos foi de ir além. "Nossa ideia foi o de desconstruir o Ideb como único indicador de qualidade usado no debate público. Montamos um painel onde é possível mostrar outras dimensões, como infraestrutura da escola, a valorização do professor, a gestão democrática, entre outros."
Fernanda afirma que está muito satisfeita com o resultado, pois o grupo criou um aplicativo que sai da "lógica do ranqueamento" das escolas com base nos melhores e piores Idebs. "Com o site é possível avaliar a escola de forma diferente e criar um índice personalizado de qualidade da educação."
Reprodução do projeto piloto do site Escola que Queremos (Foto: Reprodução)
Nesta primeira versão, o Escola que Queremos apresenta 16 indicadores em quatro vertentes: infraestrutura (saneamento básico, biblioteca, sala de informática e quadra de esportes); condições de funcionamento e insumos (qualidade da merenda, projeto pedagógico, livro didático); condições de trabalho e formação de professores (formação inicial, equipe pedagógica completa); e gestão democrática (conselho escolar, de classe, apoio da comunidade). O site também abre espaço para que os usuários encaminhem denúncias. Futuramente, segundo Fernanda, uma base de dados será importada o que abrirá a possibilidade de escrever e-mails direto para os secretários de educação.
 
'Só um número não diz muita coisa'

Mestrando em computação pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Vítor Baptista, de 27 anos, ficou responsável pelo designer do site campeão do hackathon. É o terceiro prêmio que ele ganha em competições do gênero, os outros anteriores foram promovidos pelo Ministério da Justiça e pelo governo do estado do Rio Grande do Sul. "Foram experiências bem diferentes porque nas outras equipes fui o programador. Desta vez não."

Para Baptista, o que segredo para levar este prêmio foi o humanizar os indicadores fornecidos pelo Inep. "A ideia de gerar um indicador personalizado faz com que as pessoas entendam as notas porque é didático. Só um número não diz muita coisa, o que importa são as facetas que o compõem."
Apesar de não haver obrigatoriedade pelo regulamento do concurso de manter o site no ar, o grupo pretende dar seguimento ao projeto e fornecer manutenção para que ele seja utilizado como ferramenta pela comunidade escolar.

Por G1 Em São Paulo

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