Cerca de 300 funcionários da Plasnog (Indústria de Artefatos de Plásticos) podem perder seus empregos nos próximos dias, caso o Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) mantenha a decisão do juiz da comarca de Queimadas, Alex Muniz, que determinou o despejo da empresa do distrito industrial de Campina Grande.
Um dos diretores da Plasnog, Gilmar Freitas do Nascimento, explicou que o problema consiste no fato do terreno onde a indústria está instalada pertencer, após cessão da Cinep (Companhia de Desenvolvimento da Paraíba), a Armil Mineração do Nordeste, que agora quer reaver o espaço e o juiz Alex Muniz acatou a ação da empresa de mineração.
Nascimento afirmou que está há 13 anos a Plasnog está no local e não há qualquer debito de aluguel. Após a decisão em primeiro grau, a empresa recorreu ao Tribunal de Justiça para evitar o despejo. O relator no processo no TJPB é o desembargador Oswaldo Trigueiro.
Além dos 300 empregos diretos e os indiretos, Nascimento destaca que serão mais de mil pessoas atingidas diretamente, "já que a transferência do parque fabril não é tão simples, devido a questões estruturais e maquinário pesado". "Em média, seriam necessários oito meses para a conclusão da transferência", ressalta.
"Que empresa suporta todo este tempo fechada? Como vai atender à produção? Nós acreditamos que a Plasnog não pode ser vista somente como um prédio ou um terreno. A Plasnog é mais do que isso. São quase 300 famílias que dependem diretamente do funcionamento dela, mais centenas que vivem indiretamente da fabrica. Já imaginou o que será destes colaboradores? É um momento de muita incerteza", acrescentou Nascimento.
Entenda o caso
Há 16 anos Armil recebeu da Cinep um terreno para a instalação da sua estrutura industrial, localizado no município de Queimadas. Após um ano de funcionamento, a fábrica transferiu suas atividades para o município de Parelhas, no Rio Grande do Norte, e locou o terreno e a estrutura existente à Plasnog.
A Plasnog investiu na área e na infraestrutura, ampliando o número de galpões de apenas um para seis e gerando emprego direto para quase 300 pessoas. Nos últimos meses, a especulação imobiliária do local levou a uma ação judicial contra a empresa, mesmo esgotadas as tentativas de negociações. Em primeira instância, ação foi julgada e, pela ordem do juiz de Queimadas, a desocupação deve ser feita até a próxima sexta-feira.
Preocupado com o impacto social dessa decisão, o Governo do Estado, por meio da Cinep, também ajuizou uma ação para evitar o despejo da fábrica, que vai acarretar não só o desemprego como o volume de impostos que deixará de ser recolhido.
Por Política Mais Cedo
e a hora da prefeitura tomar a providencia e sede um terreno nas emediações do estadio municipal onde tem a agrofrio para esta empresa se instalar proxímo a cidade onde a trabalhadores da cidade na empresa.
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