Morre o ator Jorge Dória, após complicações respiratórias
Corpo deve ser cremado nesta quinta-feira, no Memorial do Carmo, no Rio de Janeiro
Por R7
Corpo deve ser cremado nesta quinta-feira, no Memorial do Carmo, no Rio de Janeiro
Internado há 40 dias, o ator Jorge Dória morreu na tarde desta quarta-feira (6) por complicações cardiorrespiratórias e renais. Ele estava internado desde o dia 27 de setembro, no Centro de Terapia Intensiva do Hospital Barra D´Or, no Rio de Janeiro, onde tratava de uma infecção respiratória. O corpo do ator deverá ser cremado nesta quinta-feira (7), no Memorial do Carmo, também no Rio de Janeiro.
Em 2004, o ator sofreu um AVC (acidente vascular cerebral). A doença afetou as habilidades do artista, que deixou de lado as artes cênicas. Jorge Dória assumiu o controle do que parecia impossível, chamou a responsabilidade para si e com um espetáculo criado de improviso, arrancou gargalhadas dos passageiros e da tripulação. Era o ator em absoluto, que transformava a vida real em matéria-prima para o seu trabalho. Vão-se os cacos, fica a obra.
Carreira - O ator quase não seguiu carreira artística, pois teve uma educação rígida para seguir a tradição militar da família. Somente após a morte do pai passou a se dedicar às artes cênicas. Seu primeiro trabalho foi em Mãe, de 1948, dirigido por Theófilo de Barros Filho. Ganhou o Prêmio Saci como ator coadjuvante pelo papel no icônico O Assalto ao Trem Pagador, de 1962, filme de Roberto Farias.
O forte talento para o humor ácido e a crítica social fez com que Jorge Dória se deparasse cedo com os textos de Nelson Rodrigues. Em 1964, atua no filme Asfalto Selvagem, tão crítico, que foi censurado pela ditadura militar. Também atuou no filme O Beijo, baseado em O Beijo no Asfalto. Em 1963, também assina o roteiro de Bonitinha mas Ordinária para o cinema, com Jece Valadão e Odete Lara no elenco.
Dória foi ainda um artista em absoluto, que não tinha preconceitos, colaborando, inclusive, para o sucesso das pornochanchadas na década de 1970.
No teatro, teve também participação fundamental. Ficou seis anos na companhia de Eva Todor. Seu maior sucesso, A Gaiola das Loucas, em 1974, ficou cinco anos em cartaz. Foi nos palcos, que Dória ganhou popularidade como o rei dos cacos de improvisação. Com carreira viva no cinema e no teatro, foi na TV que ganhou o reconhecimento do público.
Por R7
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