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Microempresário constrói o próprio túmulo, para não "enfrentar fila" para ser enterrado

Ele também teme ser sepultado em outra cidade que não seja Ibiara, onde está sua família, mas jura não ter medo da morte


Um microempresário do município de Ibiara ( na região do Vale do Piancó, a 452 quilômetros de João Pessoa), investiu R$ 1 mil numa pequena construção que tem certeza que terá serventia a alguns anos. Aos 52 anos, Manoel Ferreira Neto, construiu seu próprio túmulo no apertado cemitério da cidade, que tem pouco mais de 4 mil habitantes.

Ele tem suas explicações. O pai, já falecido há anos, tem um túmulo e é sempre usado por familiares que morrem. Como a família é grande, Ferreira teme "enfrentar fila" e ter seu corpo levado para outra cidade, longe dos parentes já sepultados.  O microempresário queria um espaço "exclusivo", para "evitar confusão" com outros integrantes do clã Ferreira.

Municípios vizinhos enfrentam problemas de superlotação em seus cemitérios. Em Itaporanga o cemitério desde o ano passado enfrenta problemas para encontrar vagas.

Feita em cerâmica, decorada com jarros e objetos em bronze e medindo 1m20 de largura por 2m20 de comprimento, a construção surgiu após Manoel Ferreira assistir um crescimento veloz de sua família. “Minha família é grande. Tenho muitos irmãos, sobrinhos e primos. Temos um túmulo no cemitério da cidade onde meu pai está enterrado, mas se na hora de eu morrer tenha falecido outro parente?”, questiona. Ele conta que é uma questão de precaução.

Manoel Ferreira, que trabalha na construção e reparos em sepulturas há mais de 15 anos, explicou que queria erguer o túmulo ainda em vida. “O espaço foi construído do jeito que queria, pra quando eu morrer descansar em paz. Estava começando a ficar preocupado para quando minha morte chegar eu ser enterrado em outro cemitério, que não fosse na minha cidade. Aproveitei o terreno abandonado há anos no cemitério municipal e fiz a construção do túmulo”, disse.

Ferreira sempre faz, rotineiramente, uma visita semanal à sua "futura morada". Contratou uma pessoa para conservar as flores que plantou e que enfeitam os jarros do "endereço" dos seus restos mortais.

Manoel Ferreira visitanto zelando a sepultura

Acostumado a trabalhar com túmulos, o microempresário deixa claro que não tem medo da morte e tem a certeza que viverá mais algumas décadas. “Não tenho vício nenhum. Gozo de plena saúde. Ainda vou dar um pouco de trabalho para a morte”, brinca Manoel Ferreira.

Por Portal Correio


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