Aparecendo muito bem em todas as pesquisas na corrida pelo Senado, o vice-governador Rômulo Gouveia já deixou claro nos últimos meses que o seu projeto é alçar o ‘tapete azul’ a partir das eleições de 2014. Se eleito, representará o nosso estado na câmara alta do país até 31 de janeiro de 2023.
O saudoso senador Darcy Ribeiro dizia que: "O Senado é melhor do que o céu porque não é preciso morrer para chegar lá". O Senado, ou ´Céunado´ como costumam dizer, é um sonho irrecusável para quase todos os líderes políticos.
Com Rômulo Gouveia não deverá ser diferente nas próximas eleições na Paraíba.
Em recente levantamento feito pela Revista 'A Tribuna', ouvindo os 223 prefeitos paraibanos, o vice-governador já aparece na liderança absoluta das opiniões como o melhor nome para disputar o Senado com 37,2%. Contra 17,8% do ex-senador Wilson Santiago, 14,2% do ministro Aguinaldo Ribeiro, 8,7% do senador Cícero Lucena e apenas 1,1% do ex-governador José Maranhão. Ou seja, Rômulo detém entre os gestores um capital político e tanto.
PB Agora revela por quê:
Se Rômulo Gouveia for candidato ao Senado, Cícero Lucena e Ruy Carneiro, dois aliados de Cássio, mas adversários de Ricardo, serão excluídos da chapa majoritária.
Indo Rômulo para a senatória, o vice provavelmente será Ronaldo Cunha Lima Filho. Durante a convenção do PSDB o próprio vice-prefeito de Campina Grande e vice-presidente do PSDB, já fez uma
brincadeira em tom de 'profecia' sobre o seu futuro: "Nasci para ser vice, mesmo não sendo vascaíno".
O governador Ricardo Coutinho já teria confidenciado aos assessores mais próximos que o irmão mais velho de Cássio é o "vice dos sonhos" do Palácio da Redenção.
Todavia, este cenário com Ricardo governador, Rômulo senador e Ronaldo Filho vice, deixaria Cássio inelegível para disputar o governo em 2018. Caso seja reeleito, Ricardo Coutinho deverá renunciar o mandato em abril de 2018 para disputar o Senado, deixando Ronaldinho com a caneta.
No caso concreto: na hipótese de vitória em 2014, Ronaldo Filho poderia ser candidato à reeleição em 2018, mas Cássio estaria proibido.
Entenda:
“A emenda da reeleição em nada alterou a inelegibilidade decorrente de parentesco. Portanto, o parente de 1º grau do governador ou prefeito, ao postular cargo eletivo, sujeita-se à inelegibilidade prevista no art. 14, § 7°, da Constituição Federal".
(Ambas as citações estão capituladas no artigo 14 da Constituição)
Trocando em miúdos, se Cássio quiser ser governador em 2018, não poderá indicar parentes na vice de Ricardo Coutinho em 2014. E se Rômulo for candidato ao Senado, Cássio terá muitas dificuldades para achar outro vice como Ronaldinho no ninho tucano e oferecer ao governador.
A solução perfeita para Cássio, portanto, é manter Rômulo na vice e o PSDB ficar com a vaga de senador para Cícero ou Ruy. Um parto difícil.
Será que o 'gordinho' concorda?
Por PB Agora
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