Botafogo-PB empata com o Treze e adia classificação para a fase final
Galo sai na frente, mas não consegue segurar a vitória na Graça. Com isso, Belo mantém a vantagem de quatro pontos na liderança do Paraibano 2013
Por Globo Esporte Campina Grande
Galo sai na frente, mas não consegue segurar a vitória na Graça. Com isso, Belo mantém a vantagem de quatro pontos na liderança do Paraibano 2013
O Botafogo-PB encontrou um cenário favorável para conseguir a
classificação para a fase final do Campeonato Paraibano. Além de ter um
estádio lotado apenas por sua torcida, ainda enfrentava um adversário
abalado pela demissão do técnico Sérgio Cosme. Ainda assim, foi o Treze
que teve as melhores chances de sair com a vitória e acabou
transformando o goleiro Genivaldo no melhor em campo.
O empate em 1 a 1, no entanto, premiou a reação botafoguense no segundo
tempo. O resultado não foi suficiente para garantir já neste domingo a
classificação antecipada para a fase final, mas isso poderá ocorrer
ainda nesta segunda-feira, caso o CSP não vença o Auto Esporte.
O Botafogo chegou aos 27 pontos, quatro a mais que o Treze. O Galo,
aliás, pode ter a sua vantagem para o terceiro colocado reduzida a cinco
pontos, caso o Tigre vença o seu jogo no complemento da décima primeira
rodada.
Treze domina o primeiro tempo
Sem torcida nas arquibancadas, mas sob os olhares do novo técnico, Lourival Santos, o Treze começou o jogo surpreendendo o adversário. Para quem esperava um time jogando a base dos contra-ataques, viu exatamente o contrário.
Sem torcida nas arquibancadas, mas sob os olhares do novo técnico, Lourival Santos, o Treze começou o jogo surpreendendo o adversário. Para quem esperava um time jogando a base dos contra-ataques, viu exatamente o contrário.
Depois de um pequeno predomínio do Botafogo nos primeiros dez minutos, o
Galo foi tomando conta do jogo. Com Mazinho criando as principais
jogadas, o time comandado interinamente por Luciano Silva foi chegando
perto da meta de Genivaldo.
Do outro lado, o esquema com três volantes adotado por Marcelo Vilar
(Hércules, Sandro e Izaías) mostrava-se inoperante, com Doda ficando
sobrecarregado na armação das jogadas.
A melhor organização do Treze resultou em gol aos 26 minutos. Depois de
uma bela jogada de Tiago Chulapa, o lateral Ramon Zanardi aparceu livre
na área para marcar. A bola ainda bateu no travessão antes de entrar.
Treze 1 a 0, com toda justiça.
Logo depois do gol trezeano, Marcelo Vilar sacou o volante Sandro para a
entrada de Edgard, recolocando o time no tradicional 4-2-2-2. Na base
da pressão, o Botafogo tentou reagir. Mas de forma desorganizada. Tanto
que era comum ver o zagueiro Thurran buscando o ataque.
Com espaço para os contra-ataques, o Treze foi criando as melhores
chances. Aos 39, Manú finalizou para grande defesa de Genivaldo. O
Paredão começava ali a sua grande atuação na tarde.
Início arrasador do Belo na segunda etapa
O Botafogo mudou da água para o vinho no segundo tempo. Com um início arrasador, nem parecia aquele que terminou a primeira etapa dominado pelo adversário. Antes mesmo do primeiro minuto, quase Edgard empatou. A bola desviou na zaga e foi para escanteio.
O Botafogo mudou da água para o vinho no segundo tempo. Com um início arrasador, nem parecia aquele que terminou a primeira etapa dominado pelo adversário. Antes mesmo do primeiro minuto, quase Edgard empatou. A bola desviou na zaga e foi para escanteio.
Na cobrança, Izaías cabeceou forte, na linha da pequena área, e desta vez foi o goleiro Beto quem fez grande defesa.
Com os laterais Ferreira e Zadda se apresentando o tempo inteiro ao
ataque, o Botafogo encurralou o Treze. Até que aos 12 minutos, num
cruzamento de Ferreira, Warley apareceu para desviar de cabeça e marcar o
gol de empate: 1 a 1, para delírio dos torcedores na Graça. Na
comemoração, o W9 acabou levando cartão amarelo por retardar a partida.
Quando todos pensavam que a virada seria uma questão de tempo, o Treze
voltou a equilibrar a partida. E, não fosse a má pontaria de Manú,
poderia ter saído de João Pessoa com um resultado melhor.
O atacante, uma das surpresas da escalação de Luciano Silva - acabou
barrando Fernando Russi -, teve pelo menos três chances de marcar, na
cara de Genivaldo. Na primeira, aos 19 minutos, após receber passe de
Tiago Chulapa, o camisa 11 chutou por cima; na segunda, dois minutos
depois, foi a vez do goleiro Genivaldo fazer o milagre e mandar o chute
cruzado de Manú para escanteio.
A terceira chance perdida por Manú acabou sendo ainda mais clara. Aos
40 minutos, depois de cruzamento da esquerda, o atacante finalizou à
queima-roupa. Genivaldo defendeu no susto. Na volta, a bola sobrou para
Tiago Chulapa, que mandou para fora.
Mas o Botafogo também teve o seu vilão. Fábio Neves, que entrara no
lugar de Wanderley, perdeu duas boas oportunidades de marcar - a
primeira aos 26, na cara do goleiro Beto; e a outra aos 43, quando
acabou furando o cruzamento de Celico.
Brigões do mesmo time
Aliás, essa jogada provocou mais um fato inusitado no clássico. Isso
porque o volante Charles Vagner foi reclamar do posicionamento do
lateral Ramon Zanardi. Os dois discutiram asperamente e foram separados
pela turma do deixa-disso. O árbitro Adalberto Moésia, no entanto, não
perdoou e acabou expulsando Charles Vagner.
A decisão do árbitro provocou um princípio de confusão no campo. Os
jogadores do Treze cercaram o juiz, deixando o jogo paralisado por mais
de quatro minutos. Na volta, já aos 47, subiu a placa de quatro minutos
de acréscimo.
E, em cima dos 49, Adalberto Moésia encerrava o clássico.
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