Metalúrgico de Queimadas participa de matéria do Jornal Nacional nessa Terça
Estiagem prolongada produz lucros para alguns no Nordeste brasileiro
Por iniciativa própria, ou só por acaso, algumas pessoas conseguem tirar algum proveito da situação.
Metalurgico de Queimadas PB |
A estiagem que produz sofrimento e privação para milhões de brasileiros na Região Nordeste também tem outro lado. Por iniciativa própria, ou só por acaso, algumas pessoas conseguem tirar algum proveito da situação.
Sobrou pouco do leito do Ipanema, um importante rio dos estados de Pernambuco e Alagoas. Quem sobrevivia da pesca, ficou no prejuízo. Drama de um lado, faturamento do outro. O agricultor Genivaldo Joaqui Rodrigues planta e colhe o ano todo. A roça é irrigada com água acumulada no subsolo. Um privilégio de poucos no agreste Pernambucano.
“Dá um bom retorno. Porque dá para a gente sobreviver e permanecer na terra. Tem bom lucro,” conta o agricultor.
Ter água no subsolo do sítio é um bem tão valoroso que os preços dos terrenos dispararam. Os donos de uma área receberam uma proposta de R$ 2,5 milhões. Mas preferiram continuar faturando com a venda da água. São três poços, duas caixas enormes sempre cheias e, todos os dias, uma fila de caminhões-pipa sendo abastecidos.
A venda da água potável para a grande quantidade de prefeituras da região rende um faturamento liquido de R$ 7 mil por mês.
"Sai, em média, de 30 a 40 caminhões d'água por dia”, diz o metalúrgico Manoel Pereira Donato.
Baldes, tambores, tanques para caminhões-pipa. Nunca se vendeu tanto. Este ano, o metalúrgico de Queimadas, na Paraíba, dobrou a produção, o número de empregados e o lucro. "Se continuar do jeito que vai, a tendência é só aumentar."
Com tanta gente precisando de água, o comerciante Josinaldo de Brito não pensou duas vezes: investiu em uma frota de sete caminhões-pipa.
“Depois que a gente tira as despesas todinhas, a gente fica com um lucro aí de 60%, 70%. No momento, vale a pena", conclui o comerciante.
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