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“Dia do Músico” é motivo de vergonha no Brasil

Hoje é "Dia do Músico". Sei que você deve ter enviado "mensagens poéticas" para os seus amigos que tocam em alguma banda por intermédio das redes sociais, parabenizando-o por este dia e por seu trabalho. Tudo lindo e maravilhoso, a não ser por um detalhe: você sabe realmente como é a vida de um músico no Brasil?
Se você não sabe a resposta, pergunte a qualquer pessoa que trabalhe com música no Brasil a respeito de como é a luta pela sobrevivência e a manutenção de sua carreira como instrumentista. Aposto que a resposta, se for sincera, será estarrecedora, principalmente se você acredita na (falsa) aura de glamour que toda classe artística emana.
Saiba que trabalhar com música — e com arte em geral — no Brasil é conviver diariamente com desrespeito profissional. Se instrumentistas e artistas consagrados estão sempre às voltas com a falta de profissionalismo de empresários, contratantes de shows, promotores e demais profissionais envolvidos, imagine quem se sujeita a ganhar cachês ridículos tocando em bares e casas noturnas em qualquer cidade do País?
Músico, assim como qualquer outro empregado, vive do seu trabalho, mas a queda brutal do mercado musical em termos culturais vem minando a subsistência, sobrevivência e sustentabilidade em toda cadeia de trabalho profissional.
Quer um exemplo recente? Teve gente nos últimos tempos usando a organizações de festivais e mostras de música como vitrine para marketing de empresas e até mesmo governos, usando verbas obtidas por meio de editais públicos, estaduais, municipais e federais. Ou seja, dinheiro público. Só que na hora de pagar os músicos, a desculpa era sempre a mesma: "não há cachê para artistas e músicos convidados, já que a simples presença no evento é uma 'divulgação' de seu trabalho para um público que não o conhece". Todo mundo recebia uma grana — do organizador ao faxineiro -, menos o músico. Ou seja, as bandas pagavam para tocar! Deprimente, não?
Ainda bem que a gritaria contra este descalabro foi tamanha que várias destas "organizações" implodiram, frustrando o desejo de muita gente em galgar vários andares na busca por uma carreira política, o que certamente propiciaria mais e mais verbas das quais os músicos continuariam a não ver um tostão.
Se você soubesse a quantidade de músicos que se sujeita a ganhar cachês indignos para tocar em qualquer tipo de circunstância — shows em bares e casas noturnas, coquetéis, festas de casamento, gravações, turnês etc - para conseguir meios para a sua sobrevivência, sua mensagem hoje deveria ser de lástima para aqueles que, bravamente, tentam levar um pouco de arte até as pessoas...
Por Regis Tadeu, No Yahoo Noticias

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